terça-feira, 28 de setembro de 2010

Desabafo.

   
          O pensamento de que te perdi está gravado como ferro em brasa, em mim. E como ferro em brasa, esse pensamento queima e corrói. Eu queria poder dizer que não sinto a sua falta, que não me importo com a sua indiferença. E pensando bem eu até posso dizer, mas não será verdade. Em alguns momentos do dia, eu acredito de verdade que não me importo com você, mas então eu me lembro de tudo e esses dois segundos em que acreditei que você não é importante pra mim, acabam. Há um tempo eu prometi pra mim mesma que não choraria mais a sua perda, e estou tentando fazer isso. Mas às vezes chega a ser impossível, as lágrimas parecem gritar para sair, então eu fecho os olhos e tento mudar o rumo dos pensamentos. Que no fim acabam voltando a você. Porque é tão difícil te esquecer? Talvez seja porque você foi uma das pessoas que mais me fizeram rir, uma das pessoas em que eu mais confiei e amei. Em comparação, também foi uma das pessoas que me mais me magoaram e que eu mais me arrependi de ter amado. Amei, amado, verbos no passado, porque eu não sei se te amo. Ah, a quem estou tentando enganar? Eu te amo. Eu te amo com todas as minhas forças e minhas fraquezas. Pena que você não acredita nisso. Pena que isso não muda nada.
   Eu queria poder te dizer tudo isso, mas tenho a certeza que você não vai querer ouvir. Nem sei se terei coragem de dizer, acho que minhas mãos vão tremer e minha boca vai secar... Talvez eu morra sem nunca te dizer um último “eu te amo”.
  Sinceramente, não sei se um dia eu vou deixar de te amar e de precisar de você, mas sei que um dia o ferro vai começar a esfriar, talvez até congele... Junto com meu coração.
  Quando o coração congela a dor acaba e ele pára de sangrar, não é?

sábado, 11 de setembro de 2010

The pain of longing.


Saudade de pessoas que foram e nunca mais irão voltar. Saudade do sorriso enorme que sempre estava em seus rostos. Saudade de todo o carinho e o amor, que tanto me fez bem. Saudade que machuca. Saudade de um tempo que foi há muito tempo. Saudade de quando as lembranças eram só espelhos do presente. Saudade que só me faz mal. Saudade que anda de mãos dadas com a perda. Saudade que a morte me deu de presente.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Uma pequena história

Era uma vez uma vida feliz...
"Era uma vez", uma forma bem comum para histórias que certamente terão finais felizes, porém, vamos ser épicos e tentar mudar um pouco esse ponto de vista.
Era uma vez uma vida feliz, a vida de uma garota, já adolescente e que ainda está aprendendo o que o mundo pode, ou não, lhe proporcionar. Ela nunca foi a mais popular da escola, e tinha - e ainda tem - dificuldades em fazer amizades. Claro que possui problemas, mas dificilmente os deixa passar por cima de sua auto-estima. Quando ela realmente encontra um amigo, o guarda em seu peito de uma forma que é impossível descrever. Guarda tão fortemente, que quando este lhe decepciona, acaba sofrendo de uma maneira muito forte. Além da sua família, são os seus amigos que lhe deixa feliz, e triste também. Mas e agora,
por que sempre me descrevo em terceira pessoa? Uma mania minha incompreensível. Mas o que realmente importa, é que, a cada segundo que faz o tic tac do relógio, o fim da minha felicidade está próximo, aliás, o meu fim também. O fim de cada pessoa. Alguém dentro de mim implora para eu parar de me importar com este futuro devastador, mas ficará ainda pior se eu tentar me enganar. Mas isso é impossível.
O que me resta é aproveitar a minha vida da melhor maneira possível, tentando concertar erros e vangloriar as conquistas. Sem me importar com o que passou e somente viver o presente, pois a única certeza que tenho é que acabarei dentro de um caixão, talvez rodeado por rosas vermelhas e brancas e recebendo adeus daquelas pessoas que restaram ao meu lado até minha história humana acabar.

sábado, 4 de setembro de 2010

Foi apenas um sonho

Adormeci.
Adormeci e encontrei o mundo perfeito. O verdadeiro paraíso, onde não havia egoísmo, rancor e nem ódio. Um mundo repleto de paz e amor. Onde não havia confrontos. Onde a harmonia reinava nos quatro cantos daquele lugar.
Fiquei imóvel durante alguns minutos, tentando situar-me, tentando entender o que aquilo realmente significava. Hesitei quando senti a mão de uma pequena criança - seria um anjo? - tocar na minha, como estivesse pedindo para que eu a acompanhasse. Segui a sua orientação, com certo receio, mas sentindo paz a cada passo dado. Vi naquele lugar, coisas inexplicáveis, coisas que um ser humano ambicioso jamais compreenderia. Sentia cada minuto andar de uma forma tão pacífica, com o anseio de passar minha vida inteira ali.
Acordo com os gritos brutais de algumas pessoas correndo pelas ruas escuras, logo imagino que foi outro atentado com bombas. Estamos na Segunda Guerra Mundial e o mundo por qual sonhei não existe. Não posso nem planejar um futuro próximo, pois não sei se amanhã ainda estarei aqui, podendo relatar um mundo melhor onde desejo que a humanidade possa viver futuramente. Não posso planejar um almoço em família. Não posso pensar em sair com minhas amigas. Só tenho a capacidade de fugir, de me esconder, tentar me manter viva até que esse inferno termine. Adeus.



Oi, só quero pedir desculpas por fazer muito tempo que eu não vinha aqui postar. A escola acaba comigo e eu não consigo escrever. Mas prometo, que sempre que posso, irei vir aqui. Xoxo.